Movimentos populares, sindicais, estudantis e simpatizantes da causa palestina realizaram nesta quinta-feira (6) um ato público contra o genocídio do povo palestino. A concentração para a manifestação ocorreu em frente ao Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), na Asa Sul, depois os manifestantes seguiram em carros até a Embaixada da Itália, de onde fizeram uma caminhada de cerca de 1 km até a Embaixada de Israel.
“Estamos aqui na frente dessa embaixada que representa atos infanticidas, genocidas e que roubou a Palestina há 76 anos”, afirmou Expedito Mendonça, do Comitê de Solidariedade à Palestina do Distrito Federal aos demais manifestantes, quando chegaram em frente à Embaixada de Israel, que estava protegida por um forte esquema de segurança, realizado pela Polícia Militar do Distrito Federal, impedindo os manifestantes de se aproximarem do prédio.
Para a professora aposentada, Maria Luiza, é importante participar do ato para pressionar os governos para ações que possam interromper a assassinato indiscriminado de pessoas, sobretudo mulheres e crianças na Faixa de Gaza. “Eu sou solidária a um povo que está sofrendo um verdadeiro massacre. Não é guerra. Só um lado que está massacrando o outro que é a população civil”, avaliou a professora.
Já Pedro Batista, também integrante do Comitê de Solidariedade à Palestina do DF, chamou atenção para o fato de que atos como este, que repudiam as ações de Israel estão acontecendo cada vez mais pelo mundo e é importante que ocorram em Brasília por sediar as embaixadas.
“Nós decidimos trazer esse ato até aqui em frente da Embaixada sionista e genocida, porque já são 18 mil crianças mortas. Israel tem sido cada vez mais criminoso no infanticídio, matando crianças”, lembrou Pedro.
Aula Pública
Na sexta-feira (7) será realizada às 16h, na sede da Associação do Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), uma aula pública sobre “Oito meses de genocídio em Gaza e o papel das universidades brasileiras no boicote ao Apartheid israelense”.
O debate será mediado pelo embaixador Tadeu Valadares e com a participação de Jamal Juma, integrante da secretaria nacional do Comitê Nacional Palestino de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BNC) e Maren Mantovani, integrante da secretaria internacional do BNC.
Contexto
O número de vítimas fatais ultrapassou 36 mil palestinos — cerca de 70% mulheres e crianças —, com mais de 8 mil pessoas desaparecidas debaixo dos escombros, de acordo com do Ministério da Saúde de Gaza . Foram destruídos 35% dos prédios e praticamente todos os mais de dois milhões de habitantes foram forçados a deixar suas casas.
No outro território palestino ocupado, a Cisjordânia, a violência ilegal praticada por colonos israelenses é diária, com mais de 500 mortos. Desde o início do conflito, milhares de palestinos foram presos e o governo anunciou que outros milhares vão ser detidos este ano.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para o desastre humanitário, acusando Israel de usar a fome coletiva como arma de guerra e ressaltando a possibilidade real de que centenas de milhares de palestinos venham a morrer por falta de alimentos. A Corte Internacional de Justiça ordenou a interrupção imediata dos bombardeios em Rafah, para evitar a morte de civis, decisão ignorada por Israel.
*Com informações da AFP
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Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Márcia Silva