Magda Chambriard é a nova presidenta da Petrobras. Indicada para o cargo pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Chambriard teve seu nome aprovado nesta sexta-feira (24) pelo Conselho de Administração da estatal e tomou posse como chefe da empresa.
Chambriard assume o cargo após a demissão do ex-senador Jean Paul Prates (PT). Prates, que chefiava a Petrobras desde a posse de Lula, foi demitido pelo presidente após uma crise sobre o pagamento de dividendos extraordinários a acionistas da Petrobras.
A gestão de Prates recebia críticas dentro do próprio governo por, em tese, ser muito alinhado a interesses de mercado e pouco voltada a investimentos.
Chambriard, por sua vez, volta à Petrobras com a missão de mudar esse rumo.
Engenheira química e civil, ela entrou na Petrobras em 1980, como estagiária, e trabalhou na empresa por 22 anos. Depois, foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre 2012 e 2016.
A nova presidenta da estatal é diretora da Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e sócia da empresa Chambriard Engenharia e Energia desde 2018. Ela também foi coordenadora de pesquisas em óleo e gás na FGV Energia, que é o Centro de Estudos de Energia da Fundação Getulio Vargas.
Chambriard já expressou ceticismo com relação à privatização de operações da Petrobras. Ela defendeu políticas que estimulem a participação de empresas estrangeiras, mas com a condição de promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Por outro lado, a engenheira também é defensora de uma medida polêmica e criticada por ambientalistas: a perfuração de poços na Foz do Amazonas, também chamada de Margem Equatorial, que teve licença ambiental rejeitada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por falta de estudos técnicos.
"A gente não pode desistir da Margem Equatorial. Nesse ponto, meu foco é a Foz do Amazonas, pelo tipo de geologia, pelo afastamento da costa, pelas águas profundas e pelo talude mais espesso", afirmou a sucessora de Prates, ao portal Brasil Energia, em abril de 2024.
Edição: Geisa Marques