"O genocídio é um instrumento para a expulsão do povo palestino e a expansão do regime sionista, não apenas da região que já ocupa, mas em direção à outras fronteiras", afirmou o jornalista Breno Altman, fundador de site Opera Mundi, durante o novo lançamento de seu livro Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista, na nova sede do Armazém do Campo e da Livraria Expressão Popular, no centro de São Paulo na terça-feira (21).
Segundo Altman, "o genocídio é um instrumento" de pressão do regime israelense sobre a comunidade internacional, que está em curso por meio das operações militares na Faixa de Gaza.
Apesar da vantagem militar israelense, o jornalista destaca a força da resistência palestina. "Ainda assim o exército de Israel não consegue dobrar a resistência palestina. Ao contrário, cada mais as organizações palestinas renovam suas tropas pelo apoio da população e vai se expandindo a solidariedade na Cisjordânia."
A discussão contou com a participação de Cássia Bechara, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que compôs a mesa para abordar o lançamento de A Revolução Palestina de 1936 a 1939: antecedentes, detalhes e análise, da autoria de Ghassan Kanafani.
O lançamento das obras ocorre no momento em que a oposição ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu têm crescido, com protestos dentro e fora de Israel e um pedido de prisão por crimes de guerra solicitado contra ele na segunda-feira (20), por um procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI).
O fundador do Opera Mundi destacou a ampliação internacional do apoio à resistência palestina e o enfraquecimento do regime sionista, que enfrenta protestos em universidades de todo o mundo contra a cumplicidade de suas respectivas instituições, com as agressões do Estado de Israel.
Ele destacou, em sua fala, o papel importante desempenhado pela resistência judaica nos protestos, elemento que “pode ser mortal para o regime sionista”.
“Nas ocupações dos Estados Unidos, várias de suas lideranças eram compostas por judeus que vinham de formação sionista e rompiam abertamente com o sionismo, assumindo uma postura de enfrentamento contra o Estado de Israel”.
*Com Opera Mundi
Edição: Leandro Melito