As Forças de Defesa de Israel (FDI) ordenaram, neste sábado (11), a evacuação de bairros no leste de Rafah. O comunicado, feito por meio de panfletos, postagens nas redes sociais e mensagens por SMS, recomenda que a população deve se deslocar para "zona humanitária estendida".
De acordo com o The Guardian, o local já está com dificuldades de abastecimento de água, fornecimento de alimentos e cuidados com a saúde.
::OMS diz que ofensiva israelense em Rafah põe em risco mais de meio milhão de crianças::
O comunicado da FDI sugere que haverá novas operações militares em Rafah. Na semana passada, o exército israelense tomou a fronteira de Rafah com o Egito, forçando o deslocamento de centenas de pessoas. Mais de 100 mil palestinos deixaram Rafah nos últimos cinco dias segundo a Agência da ONU para Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNWRA).
Israel está sendo pressionado pelos Estados Unidos para não atacar Rafah. O presidente, Joe Biden, afirmou que pode suspender o envio de armamentos caso o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, avance com os ataques contra a cidade.
::Netanyahu ordena fechamento do canal Al Jazeera em Israel::
Em resposta, Netanyahu declarou que Israel tem "forças para lutar sozinho". Isso porque, apesar das críticas, os EUA são os principais aliados de Tel Aviv.
Israel também ordenou a evacuação de parte da Cidade de Gaza. "Após as tentativas do Hamas de remontar sua infraestrutura terrorista e seus agentes na área, esta manhã [sábado], as FDI apelaram à população civil de Jabaliya e áreas vizinhas para evacuarem temporariamente para abrigos no oeste de Gaza. Isto visa reduzir os danos à população civil e afastar os civis da zona de combate, de acordo com o direito internacional", diz o texto divulgado pelas Forças de Defesa do país.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sugeriu nesta sexta-feira (10) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve ser preso pelos avanços de tropas israelenses na Faixa de Gaza.
Até o momento, os ataques israelenses mataram mais de 34 mil palestinos, desde o dia 7 de outubro do ano passado. Há a estimativa de que o Hamas mantém 132 israelenses como reféns.
Edição: Raquel Setz