Com a prisão de 200 manifestantes pró-Palestina nesta quinta-feira (2) na Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), chega a 2 mil o número de pessoas detidas nas universidades dos Estados Unidos desde que a polícia desativou um acampamento na Universidade de Columbia na terça-feira (30).
A retirada forçada dos manifestantes da Ucla pela polícia estadunidense teve início na manhã de quinta (2), com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha.
Reações
A secção da Universidade de Columbia da Associação Americana de Professores Universitários (AAUP na sigla em inglês) pediu um voto de desconfiança contra o reitor da Universidade de Columbia, Minouche Shafik.
O Departamento de Educação (DOE na sigla em inglês) anunciou na quinta que está investigando a Universidade de Columbia por discriminação anti-palestina contra os estudantes. A universidade foi acrescentada à lista de escolas que estão sendo investigadas pelo departamento "por discriminação envolvendo ancestralidade partilhada" em 23 de abril.
Em seu pronunciamento na Casa Branca nesta quinta (2), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou o que ele classificou como "protestos violentos", com atos de vandalismo, invasão de propriedade e cancelamento forçado de aulas. "Não somos uma nação autoritária onde silenciamos as pessoas e esmagamos a dissidência, mas também não somos um país sem lei", afirmou.
Vitórias
Apesar da violência de repressão aos protestos em Los Angeles e Nova York, onde o movimento de ocupação foi iniciado, estudantes de outras universidades começaram a declarar a vitória do movimento, depois de terem estabelecido acordos com os administradores das instituições.
A Universidade de Northwestern foi a primeira a anunciar publicamente um acordo na segunda-feira (29), seguido pelo acordo anunciado pela Universidade de Brown, na terça-feira (30).
*Com The Guardian e USA Today
Edição: Leandro Melito