Mais uma entrega do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), operacionalizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em conjunto com as cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Cozinhas Solidárias e Comunitárias e o Levante Popular da Juventude, foi realizada nesta sexta-feira (26) para famílias em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar. A ação ocorre na modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS).
A Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), de Nova Santa Rita, a Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), de Eldorado do Sul, e a Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste (Cooperforte), de Santana do Livramento, entregaram cerca de 36 toneladas de alimentos. Entre os itens havia abóbora, moranga, aipim, batata-doce, milho e cortes de carne suína.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, participou da entrega de 6 toneladas na Associação de Reciclagem Força e Coragem, no bairro Mario Quintana, que atende 2.091 pessoas. O ato contou com a presença da superintendente da Conab/RS, Luzia Teixeira, do deputado estadual Adão Pretto Filho, de representantes das cooperativas e de entidades atendidas pelo PAA, Cozinhas Solidárias e Comunitárias, bem como famílias recebedoras dos alimentos.
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"O PAA é o principal programa que a Conab operacionaliza na direção da erradicação da fome. Com esse tipo de ação, a gente consegue dar viabilidade econômica aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária na produção de alimentos. E esses alimentos vão chegando de forma simultânea na mesa de quem passa necessidade. Aqui no Rio Grande do Sul, já são mais de 1 milhão de pessoas atendidas no PAA", destacou o presidente Edegar Pretto.
"Essa comida que estamos ganhando é uma realização, um alívio. Hoje podemos fazer uma carne com moranga, com mandioquinha. Isso dá uma sustentabilidade para manter as famílias", disse a presidenta da Associação Força e Coragem Lucia Rodrigues da Rosa, mais conhecida como Tia Lúcia.
Conforme os projetos aprovados pela Conab, até o fim da execução do programa, a Coopan, a Cootap e a Cooperforte entregarão mais de 662 toneladas de alimentos a entidades sociais que atendem cerca de 39 mil pessoas em situação de vulnerabilidade nas cidades de Porto Alegre, Santana do Livramento, Pelotas, Santa Maria, Nova Santa Rita e Guaíba. Os três projetos somam, juntos, R$ 3,38 milhões em investimentos do governo federal na aquisição de alimentos de assentamentos da reforma agrária.
Ainda nesta sexta, o presidente da Conab também acompanhou outra doação de alimentos do PAA no bairro Mario Quintana. O Sesc Mesa Brasil entregou cerca de 300 quilos de produtos da agricultura familiar de Bento Gonçalves, Sertão Santana e Dom Pedro de Alcântara ao Clube de Mães Bárbara Maix, que atende 224 crianças.
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As cooperativas também entregaram os alimentos na Associação Santa Paula, na Lomba do Pinheiro, que atende 800 famílias, e na Associação Força Maior da Pedreira, no Cristal, para 1200 famílias da região da Grande Cruzeiro.
"Comer é um ato político. A solidariedade é uma bandeira muito cara do MST. Nós estamos entregando hoje 36 toneladas de alimentos saudáveis para as famílias que mais precisam. Essas entidades foram as que lutaram durante a pandemia, quando o povo estava passando fome, para levar comida e agora termos de volta essa importante política pública que é o PAA. Não queremos mais um Brasil de fome, nós estaremos sempre na luta junto com o povo trabalhador", destacou a secretária geral do MST/RS, Lara Rodrigues.
Rio Grande do Sul já recebeu mais de R$ 100 milhões
O PAA é uma das principais políticas de incentivo à produção de alimentos, de geração de renda no campo e de combate à fome no país. Ele é operacionalizado pela Conab, com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
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Já foram aplicados no Rio Grande do Sul mais de R$ 100 milhões por meio do programa, incluindo os projetos de CDS, a compra institucional de leite em pó e a doação de cestas de alimentos para comunidades indígenas atingidas pelas estiagens.
Segundo Edegar Pretto, essas entregas fazem parte do plano Brasil Sem Fome que tem como meta tirar o Brasil do mapa da fome até 2030, reduzir, ano a ano, as taxas totais de pobreza e a insegurança alimentar e nutricional, sendo esta uma das prioridades do governo federal.
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Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Katia Marko