Na mira

Pai de Mauro Cid presta novo depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (26)

Ele é investigado por participar do desvio de joias enviadas por países estrangeiros ao Brasil

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O general da reserva do Exército Mauro César Lourena Cid é investigado num suposto esquema de desvio de joias - Roberto Oliveira/ALESP

O general da reserva do Exército Mauro César Lourena Cid irá prestar depoimento à Polícia Federal (PF), às 14h desta terça-feira (26). Ele é investigado num suposto esquema de desvio de joias enviadas ao Brasil por países estrangeiros por meio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O novo depoimento de Lourena ocorre depois que seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, foi preso na última sexta-feira (22) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) após participar de uma audiência para confirmar os termos de sua delação firmada com a Polícia Federal (PF). 

Na ocasião, ele também teria se explicado sobre os áudios revelados na quinta-feira (21) pela revista Veja que mostram Cid criticando o ministro do STF Alexandre de Moraes e a PF por, supostamente, direcionar seus depoimentos e fazê-lo dizer coisas que ele não sabe se teriam ocorrido.  

Mauro Cid é investigado pelo esquema de desvio de joias ao lado de seu pai, entre outros crimes. Em uma imagem anexada ao processo, o rosto de Lourena Cid foi identificado em uma foto utilizada para negociar os presentes recebidos pelo Brasil por delegações de outros países.   

Ao fotografar uma caixa com portas de vidro, o general fotografou o reflexo de seu rosto. A foto foi tirada com o objetivo de solicitar uma avaliação do objeto em lojas especializadas nos Estados Unidos. Teria sido o próprio Mauro Cid que pediu ao pai o envio dos objetos para lojas especializadas. Os presentes foram parar nos Estados Unidos no mesmo avião que levou Jair Bolsonaro ao país, em 30 de dezembro.   

De acordo com a investigação, formou-se uma estrutura estatal para “desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”. 

Os valores obtidos com o desvio teriam sido “convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”. 

Edição: Vivian Virissimo