TENSÃO NA EUROPA

Moscou convoca embaixador dos EUA; míssil russo quase atinge premiê grego

Rússia quer coibir ONGs estadunidenses em seu território de atuarem contra o país

Brasil de Fato | São Paulo (SP) | |
Zelensky e Mitsotakis realizavam encontro nas proximidades de onde ocorreu a explosão - AFP

A chancelaria russa convocou nesta quinta-feira (7) a embaixadora dos EUA no país, Lynn Tracy, para pedir o fim da cooperação com ONGs consideradas "anti-russas" pelo governo de Putin. 

“A embaixadora recebeu uma nota oficial com a exigência de cessar qualquer colaboração com as atividades das ONGs citadas”, disse por meio de nota o ministério das Relações Exteriores do país. 

Entre as ONGs citadas, a Rússia menciona o Instituto de Educação Internacional e o Conselho Americano de Educação, que usariam benefícios diplomáticos para atividades contrárias ao país. A chancelaria russa quer também que sites diplomáticos dos EUA excluam menções aos projetos destas ONGs. 

"As tentativas de ingerência nos assuntos internos da Federação Russa, incluindo ações subversivas e a disseminação de desinformação no âmbito das eleições e da operação militar especial, serão reprimidas de maneira dura e firme, até o ponto da expulsão com o estatuto de 'persona non grata' dos funcionários da embaixada dos EUA envolvidos em tais ações", disse a nota. 

Premiê grego

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, estava próximo a um local que foi bombardeado por um míssil russo na cidade ucraniana de Odessa, nesta quarta (6). O ataque teria ocorrido a cerca de 800 m de onde estava o premiê. 

O Ministério da Defesa da Rússia admitiu o ataque que atingiu "um hangar em uma zona portuária comercial de Odessa onde estavam sendo preparados veículos de superfície não tripulados para seu uso em combate por parte das forças armadas ucranianas".

Na hora do bombardeio, Mitsotakis estava no porto em encontro bilateral com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. A Rússia afirmou que o ocorrido foi acidente sem intenção de atingir os chefes de Estado, apenas a infraestrutura portuária. 

A Grécia é integrante da Otan, a aliança militar ocidental. A expansão da entidade para ex-repúblicas soviéticas vem causando um aumento de tensões com Moscou. 

Edição: Leandro Melito