A escritora mineira Conceição Evaristo foi eleita para ocupar a cadeira de número 40 na Acadêmia Mineira de Letras. Com 30 dos 33 votos, ela disputou a vaga com outros cinco candidatos.
Uma das escritoras mais importantes da atualidadade, ela tem obras traduzidas para o inglês, francês, espanhol, árabe, italiano e eslovaco. No ano passado, foi a primeira mulher negra a receber o prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano, concedido pela União Brasileira de Escritores.
Além de ser mundialmente conhecida, Conceição Evaristo foi condecorada com o título de doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pelo Instituto Federal do Sul de Minas Gerais.
:: 'Elite intelectual é burra e não percebe a riqueza da pluralidade', diz Conceição Evaristo ::
Seus livros, contos, poesias e outros escritos carregam forte componente antirracista e retratam cotidianos muitas vezes invisibilizados pelas artes nacionais. Ela é criadora do termo Escrevivência, em que a criação literária é vista como aglutinadora de vivências, não só individuais, mas também coletivas.
Conceição Evaristo nasceu na Favela da Pindura, em Belo Horizonte. Ela se formou em educação no curso normal na década de 1970. Na mesma época se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, onde viria a cursar letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje, é mestra em literatura brasileira e doutora em literatura comparada.
Publicou os primeiros textos a partir da década de 1990, mas a primeira obra individual só veio em 2003. Sua obra mais recente, Canção para ninar menino grande, foi lançada em 2022.
Edição: Nicolau Soares