Justiça

Polícia Federal indicia Renato Cariani por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

O influenciador e dois amigos foram responsabilizados por desviar produtos químicos para a produção de cocaína e crack

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Renato Cariani é influenciador digital e tem 7 milhões de seguidores em suas redes sociais - Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Federal (PF) indiciou o influenciador Renato Cariani por associação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, que começou em março de 2023, ele usava sua empresa, a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda, para desviar insumos farmacêuticos para a produção de cocaína e crack.

Outros dois amigos de Cariani também foram indiciados, por tráfico equiparado, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Na denúncia da PF, encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), não há pedido de prisão preventiva do trio, que poderá aguardar o julgamento em liberdade.

Segundo a PF, a empresa de Renato Cariani falsificava notas fiscais de venda para grandes laboratórios do setor farmacêutico, mas esses insumos iam parar nas mãos de traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que usavam os produtos para a produção de cocaína e crack.

A investigação concluiu que Cariani sabia do esquema que ocorria dentro da Anidrol e participava ativamente das negociações. Interceptações telefônicas e trocas de mensagens comprovariam a acusação.

O esquema teria durado entre 2014 e 2021 e Cariani pode ter usado 60 notas fiscais para garantir a operação de desvio de insumos para a produção de drogas. Segundo a PF, em seis anos foram desviadas algo em torno de 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol.

O Brasil de Fato não conseguiu localizar a assessoria de Renato Cariani. Em resposta à TV Globo, os advogados do influenciador informaram que “o indiciamento ocorreu de forma precipitada, há mais de 40 dias, antes mesmo de Renato ter tido a oportunidade de prestar esclarecimentos.”

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Edição: Vivian Virissimo