Os venezuelanos foram às urnas neste domingo (19) para um simulado nacional do referendo para reivindicar a soberania do país sobre o território Esequibo, que está em disputa com a Guiana. A consulta popular, promovida pelo governo venezuelano, será realizada no dia 3 de dezembro.
O objetivo do simulado, realizado em todo o país, é que os eleitores se familiarizem com o uso das urnas e com as cinco perguntas do referendo: sobre o rechaço a um laudo de 1899; o apoio ao Acordo de Genebra de 1966; o não reconhecimento da Corte de Haia para julgar o caso; a oposição à postura da Guiana e a criação de um novo estado chamado Guiana Esequiba.
A resposta deve ser “sim” ou “não” e mais de 21 milhões de venezuelanos estão aptos a participar, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Para o coordenador nacional do comando da Campanha Venezuela Toda, o legislador Jorge Rodríguez, o simulado foi bem sucedido. “Superou todas as metas que tínhamos, para avaliar também a mobilização, o alcance da campanha”, afirmou, segundo a Telesur.
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, ressaltou que os 800 centros de votação funcionaram plenamente, o que permitiu ao mundo testemunhar a transparência do sistema eleitoral venezuelano.
Disputa antiga
Com mais de 160 mil km quadrados, o território do Esequibo está em disputa entre os países desde o século 19. O caso foi levado a Haia pela Guiana em 2018 contra a opinião da Venezuela, que insiste que o tema deve ser resolvido observando um pacto assinado entre Caracas e Londres em 1966, o Acordo de Genebra, quando o Reino Unido reconheceu a demanda venezuelana sobre o território.
Edição: Rodrigo Durão Coelho