O Congresso da Espanha aprovou nesta quinta-feira (16) a reeleição do socialista Pedro Sánchez ao cargo de primeiro-ministro. O novo governo do Partido Socialista (PSOE) precisava de pelo menos 176 votos e foi aprovado por 179 votos a favor e 171 contrários.
O PSOE formará o novo governo em coligação com o Somar, uma coligações de partidos de esquerda e extrema esquerda, liderada pela atual ministra do Trabalho, Yolanda Díaz.
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Segundo colocado nas eleições de julho passado, o primeiro-ministro conseguiu maioria graças a um acordo com seis partidos, incluindo dois separatistas catalães - Bloco Nacionalista Galego (BNG) e Juntos pela Catalunha (JxCat) - que incluem uma anistia para pessoas envolvidas no movimento independentista da Catalunha entre 2012 e 2023.
Entre os anistiados pelo acordo está Carles Puigdemont, líder do Juntos pela Catalunha, exilado na Bélgica desde o referendo separatista em 2017, tentativa fracassada de uma declaração unilateral de independência.
O Partido Popular, de centro-direita, se aliou ao Vox, de extrema direita, em uma tentativa de conseguir maioria para eleger seu candidato, Alberto Nuñez Feijoó. Após a derrota, a aliança da direita está convocando protestos nas ruas contra a aliança de Sánchez com os independentistas.
Apoio à criação de um estado palestino
Durante a sessão parlamentar realizada na quarta-feira (15), Sánchez apresentou seu novo programa de governo, aprovado na votação desta quinta. Durante o discurso em que apresentou suas propostas ele prometeu que a Espanha trabalhará pela criação do Estado Palestino e exigiu um cessar-fogo em Gaza.
“Este novo mandato rechaça o assassinato indiscriminado de palestinos em Gaza e na Cisjordânia, exige um cessar-fogo imediato em Gaza, o fim dos bombardeios e a imediata permissão para a entrada de equipes que podem atender às necessidades humanitárias do povo palestino”, afirmou o líder socialista espanhol.
Em relação ao outro conflito em curso, entre Rússia e Ucrânia, o líder socialista espanhol manifestou apoio a Kiev. “A Espanha ajuda a Ucrânia contra um país agressivo como a Rússia de (Vladimir) Putin, por violar claramente o direito internacional, e por isso também exige de Israel, que age com a mesma determinação e que hoje claramente não respeita os direitos humanos, um cessar-fogo imediato em Gaza e estrito cumprimento das normas internacionais de ajuda humanitária.”
*Com informações de G1, Diário de Notícias e Opera Mundi
Edição: Rodrigo Durão Coelho