história de luta

Na semana da criança, MST faz 'jornada sem-terrinha' com plantio de árvores e mobilização por escolas no campo

Jornada Nacional das Crianças Sem Terrinha acontece em todo o país, de 9 a 14 de outubro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Crianças assentadas participam de atividade educativa de plantação de mudas - Dowglas Silva

O 12 de outubro das crianças sem-terra de todo o Brasil está repleto de brincadeiras, plantação de mudas e debates, ações que compõem a Jornada Nacional das Crianças Sem Terrinha. O evento é realizado de 9 e 14 de outubro, em assentamentos de agricultura familiar espalhados pelo país.

Promovida há 29 anos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a jornada reúne, este ano, as crianças em torno da celebração e do enraizamento da história de luta e de organização do Movimento, que completa 40 anos em 2024.

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Com o lema “Sem Terrinha em Luta: Viva os 40 Anos do MST!”, o evento conta com a participação ativa das crianças em sua organização. A programação inclui brincadeiras, oficinas culturais e sarau literário, além de debates sobre pautas permanentes do MST, como a luta em defesa das escolas do campo, da merenda saudável e do transporte escolar.

“Durante esta Jornada Sem Terrinha, continuamos com a construção da solidariedade, compartilhando mudas, alimentos saudáveis com muita história e as brincadeiras com as nossas crianças”, detalha Daiane Ramos, da direção estadual do MST em São Paulo e da frente da infância do setor de Educação do MST.

A plantação de árvores durante a jornada faz parte do plano nacional do MST que pretende plantar 100 milhões de mudas em uma década. "Ainda teremos atividades sobre a coleta sementes, como produzir mudas e cuidar dos bosques", complementa Daiane Ramos. 

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"A reforma agrária popular beneficia os pequenos agricultores e agricultoras e favorece o reconhecimento do valor social da terra. Assim, as crianças sem terrinha do MST podem dar uma grande contribuição, tendo um papel fundamental na organização da luta pela terra, bem como no futuro da luta pela reforma agrária e pela educação pública e de qualidade no Brasil", avalia.
 

*Com informações da Página do MST

Edição: Rodrigo Chagas