A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta sexta-feira (29), um mandado de busca e apreensão contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, em Brasília. Ele é acusado de participação nos atos golpistas que culminaram na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Fernandes, que também teve ativos e valores bloqueados, foi diretor de Logística no Ministério da Saúde entre julho de 2021 e dezembro de 2022, durante a gestão general Eduardo Pazuello.
:: Pesquisador avalia ligação de militares com o plano golpista: 'houve, no mínimo, prevaricação' ::
A 18ª fase da Operação Lesa Pátria foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e visa bolsonaristas que participaram efetivamente, financiaram e foram os autores intelectuais dos atos. Fernandes é considerado, na investigação, executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos.
Os golpistas são acusados dos seguintes crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e destruição de bem especialmente protegido. De acordo com a PF, estima-se que os prejuízos causados nos prédios públicos pelos golpistas possam chegar na ordem de R$ 40 milhões.
A PF também informou que “as investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”.
Edição: Geisa Marques