O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou neste domingo (27) a São Tomé e Príncipe para participar da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em mais um movimento de reaproximação internacional do Brasil.
Após ser recebido pelo presidente de São Tomé, Carlos Vila Nova, e pela primeira-dama do país, Fátima Vila Nova, Lula discursou na abertura do evento e enfatizou a união entre os países da CPLP em torno de temas como combate à insegurança alimentar e desenvolvimento sustentável.
"A África tem tudo para se tornar uma potência agrícola, com capacidade para alimentar seu povo e o mundo. O Brasil continuará a ser parceiro nessa empreitada", afirmou Lula, diante de representantes dos nove países membros da CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
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Em seu discurso, Lula falou sobre o problema da fome, e disse que sem alimentação adequada não há perspectiva de vida digna. O presidente brasileiro ressaltou a necessidade de cooperação internacional entre países lusófonos para enfrentar o problema.
"A maioria dos países da CPLP possui uma população jovem. Para que eles tenham esperanças de um futuro melhor, a sustentabilidade tem de ser promovida, desde agora, nas suas três dimensões: a social, a econômica e a ambiental", discursou.
Os ministros das relações exteriores do Brasil e de São Tomé e Príncipe assinaram dois atos bilaterais. Um deles prevê cooperação e facilitação de investimentos entre os países. Outro é um memorando de entendimento entre os órgãos de diplomacia internacional dos Estados.
Reaproximação com a África
Lula encerrou no sábado (26) uma visita oficial a Angola, onde os dois países assinaram acordos bilaterais. Ele defendeu a renegociação das dívidas dos países africanos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e afirmou que o Brasil voltará a investir na África.
"A lógica é tentar sensibilizar as pessoas que são donas dessa dívida para que ela seja transformada num apoio à infraestrutura. O dinheiro da dívida, ao invés de ser pago, deve ser investido em obras de infraestrutura", sugeriu.
Edição: Felipe Mendes
