DE OLHO NOS PREÇOS

Inflação sobe em julho e encosta nos 4% em 12 meses

Índice oficial de preços fechou o mês passado em 0,12; no ano, são 2,99% de alta

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Alta da gasolina contribuiu para aumento generalizado de preços em julho - Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O preço da cesta dos produtos mais consumidos no país subiu 0,12% em julho. O percentual foi divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

A variação do IPCA registrada em julho é 0,2 ponto maior do que a verificada no mês passado. Em junho, os preços caíram no Brasil. O IPCA teve variação negativa de 0,08%.

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Em 2023, o índice acumula alta de 2,99%. Já em 12 meses, o índice acumulado é de 3,99%. Isto está acima do verificado até junho (3,16%), mas dentro da margem de tolerância da meta de inflação estipulada pelo governo para este ano.

A meta é 3,25%, com margem de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Isso significa que a inflação pode ficar em até 4,75%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para o cálculo do IPCA, cinco tiveram alta em julho. A maior variação (1,50%) veio dos itens de transportes. No lado das quedas, destacam-se os grupos habitação (-1,01%) e alimentação e bebidas (-0,46%).

O aumento no grupo dos transportes, segundo o IBGE, é resultado da alta nos preços da gasolina (alta de 4,75% em julho). Também foram verificadas altas do gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%). O preço do diesel caiu 1,37%.

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Já a queda dos itens de alimentação e bebidas está ligada à redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já haviam recuado em junho (-1,07%). Destacam-se as quedas do feijão-carioca (-9,24%), do óleo de soja (-4,77%), do frango em pedaços (-2,64%), das carnes (-2,14%) e do leite longa vida (-1,86%).

No lado das altas, as frutas (1,91%) subiram de preço, com destaque para a banana-prata (4,44%) e para o mamão (3,25%).

No grupo habitação, a maior contribuição para a redução de preços veio da energia elétrica residencial (-3,89%), por conta da incorporação do chamado bônus de Itaipu. O bônus é uma redução das contas de energia em função dos resultados financeiros positivos da usina.

Em 13 das 16 regionais pesquisadas para o IPCA, houve alta de preços em julho. A maior variação foi em Porto Alegre (0,53%), em função da alta do preço da gasolina (6,98%). Já a menor variação foi registrada em Belo Horizonte (-0,16%), influenciada pelas quedas de 17,50% em ônibus urbano e de 4,30% na energia elétrica residencial.

INPC negativo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE, foi de -0,09% em julho, variação próxima à registrada no mês anterior (-0,10%).

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No ano, o INPC acumula alta de 2,59% e, nos últimos 12 meses, de 3,53%. O INPC é o índice que baseia o reajuste do salário mínimo.

Edição: Vivian Virissimo