Inflação em queda

Brasil registra queda generalizada de preços em junho

Índice Nacional de Preços registrou variação negativa e chega perto do 3% em 12 meses

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Custo dos alimentos recua e contribui com redução geral de preços em junho - Tânia Rêgo/ Agência Brasil

A economia nacional registrou uma queda generalizada de preços no mês de junho. Por conta disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país, fechou o mês com variação negativa de 0,08%.

O dado foi divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda registrada em junho deste ano foi a menor variação para este mês desde 2017. Naquele ano, a inflação de junho ficou em -0,23%. Já em junho do ano passado, o IPCA havia subido 0,67%.

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No ano, o índice de inflação acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%. Abaixo, portanto, do centro da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Reforça também o cenário para o corte da taxa básica de juros, a Selic, que subiu a 13,75% ao ano justamente para conter o aumento de preços.

O resultado de junho foi influenciado principalmente pelas quedas nos preços de alimentos e bebidas. Só em junho, o preço médio desse tipo de produto caiu 0,66%.

Já o preço dos itens de transporte caíram 0,41%.

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Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%) também registraram recuo nos preços no IPCA de junho.

Por outro lado, itens de habitação subiram 0,69% e tiveram a maior alta.

Segundo o IBGE, a queda do grupo alimentação e bebidas deve-se, principalmente, ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,07%). Destacaram-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). No lado das altas, batata-inglesa (6,43%) e alho (4,39%) subiram de preço.

Em transportes , o resultado foi influenciado pelo recuo nos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos automóveis usados (-0,93%). Isso ocorreu por conta dos subsídios oferecidos pelo governo para estimular a venda dos carros populares.

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No grupo habitação, onde os preços mais subiram, a maior contribuição para a alta veio da energia elétrica residencial, que aumentou 1,43% devido a reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice: Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Porto Alegre.

A taxa de água e esgoto também registrou alta de 1,69%, por conta de reajustes aplicados em Belém, Curitiba, São Paulo e Aracaju.

O resultado do grupo saúde e cuidados pessoais (alta de 0,11%) foi influenciado pelo aumento dos preços dos planos de saúde decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho.

Cinco áreas pesquisadas apresentaram alta da inflação em junho. A maior variação foi em Belo Horizonte (0,31%) e menor, em Goiânia (-0,97%).

INPC negativo

Além do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também ficou negativo em junho. Foi de -0,10%, abaixo do 0,36% de maio.

No ano, o INPC acumula alta de 2,69% e, nos últimos 12 meses, de 3,00%.

O INPC é o índice que baseia o reajuste do salário mínimo.

 

Edição: Leandro Melito