Belém do Pará

Movimentos populares preparam eventos prévios à Cúpula da Amazônia a partir desta sexta (4)

Capital paraense vai receber diversas discussões sobre o futuro da região

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Capital paraense receberá série de eventos para discutir os rumos da região amazônica - Divulgação/Prefeitura de Belém

Movimentos populares, organizações e entidades articulam uma série de eventos que vão movimentar a capital paraense, Belém, às portas da Cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). O evento, também conhecido como Cúpula da Amazônia, acontece nos dias 8 e 9 de agosto. Antes disso, já a partir da próxima sexta-feira (4), terão início os eventos paralelos.

Entre as iniciativas com realização confirmada está a Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia. Organizada pela Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), contará com um acampamento e dezenas de atividades (confira a programação no 'carrossel' de imagens da postagem abaixo, no Instagram).

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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"A Assembleia dos Povos é uma congregação de todos os sujeitos e sujeitas que lutam pela Amazônia. Daqueles que entendam a importância de fazer a defesa de uma Amazônia popular, que se desenvolva a partir do bem do povo, do bem da população que vive na Amazônia, e não para as grandes empresas e grandes projetos para o agronegócio", apontou Jane Cabral, integrante da Direção Nacional do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pará.

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Os Diálogos Amazônicos, série de atividades organizadas pela sociedade civil como parte da programação oficial da Cúpula da Amazônia, fazem parte da programação da Assembleia dos Povos. Os Diálogos acontecerão no Hangar Centro de Convenções, na capital paraense.

Todas as atividades dos Diálogos Amazônicos serão gratuitas. As inscrições estão abertas. Para se inscreverem e garantirem credenciamento, os interessados devem acessar o site do evento e fazer o login com a conta gov.br. Quem ainda não tem a conta no sistema, poderá criá-la.

Integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Francisco Kelvim afirma que os eventos fazem parte de uma necessária organização para propor o desenvolvimento integrado entre os países e populações da região Amazônica.

"A gente tem mais de 34 milhões de panamazônidas vivendo nessa região. Está claro que essa agenda dos grandes empreendimentos, promovida pelas grandes transnacionais para exploração dessa região, não é compatível com a proteção e com o desenvolvimento de fato dos povos das comunidades que estão nessa região", destacou.

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Outras atividades marcadas para os dias que antecederão o encontro entre os presidentes dos países amazônicos são o Seminário "Desafios da transição energética popular na Amazônia", em 6 de agosto, e a Plenária Panamazônica da Via Campesina, no dia 7.

A Cúpula da Amazônia

O evento da OTCA vai reunir líderes políticos dos países membros da organização. Além do Brasil, estarão presentes representantes dos governos da Bolívia, da Colômbia, do Equador, da Guiana, do Peru, do Suriname e da Venezuela, além de convidados que virão de diferentes partes do mundo.

Entre os principais temas estão o combate às mudanças climáticas, com discussão de medidas de sustentabilidade e estratégias de cooperação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou grande expectativa para a reunião com os pares.

"Vai ser, possivelmente, a reunião mais importante [da agenda presidencial nos próximos meses]. Há 45 anos não se reúnem os presidentes dos países. É a primeira reunião que vou fazer com os países amazônicos para tomar uma decisão única, para a gente tentar discutir seriamente", disse, durante a edição da última terça-feira (25) do programa Conversa com o Presidente, realizado pela equipe de comunicação do governo. 

Edição: Thalita Pires