O ex-presidente do Níger, Mohamed Bazoum, deposto na noite desta quarta-feira (26/07) por uma junta militar golpista, apelou à população para defender e proteger as conquistas democráticas alcançadas no país africano.
"As conquistas alcançadas com tanto esforço serão salvaguardadas. Todos os nigerianos ligados à democracia e à liberdade irão garantir isso", afirmou o ex-mandatário por meio das redes sociais.
Na mesma linha, o ministro das Relações Exteriores do Níger, Hassoumi Massoudou, avaliou nesta quinta-feira (27/07) que o golpe militar foi uma "aventura com objetivos desastrosos" que "vai falhar".
Massoudou anunciou ainda que vai assumir o cargo de presidente interino do governo, pedindo para que todos os democratas façam o golpe fracassar, uma vez que "comporta todos os perigos para a democracia do país".
Nesta quarta-feira, um grupo de militares sequestrou o agora ex-presidente do Níger, Mohamed Bazoum. Pela parte da noite, realizou uma transmissão em rede nacional, de dentro do palácio presidencial, para anunciar que estava tomando o poder no país.
A transmissão durou pouco mais de quatro minutos e mostrou dez membros do grupo militar insurgente, liderados pelo coronel major Amadou Abdramane, que leu o comunicado para a nação. Segundo a imprensa local, também foi ele quem comandou a operação que resultou no sequestro de Bazoum.
Após o anúncio do golpe, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou "nos termos mais veementes qualquer esforço para tomar o poder pela força e minar a governação democrática, a paz e a estabilidade no Níger".
(*) Com TeleSUR e informações de RT en Español.