O Ministério da Saúde da Bolívia anunciou nesta segunda-feira (17/07), um plano nacional com ações voltadas ao cuidado da saúde populacional como forma de combate às consequências do uso do mercúrio na mineração ilegal.
O plano foi apresentado pela ministra da Saúde boliviana, María Renée Castro, em coordenação com as pastas de Mineração e Meio Ambiente e Água, e visa administrar o efeito que o mercúrio utilizado na exploração mineral causa na saúde das pessoas, em especial, a população que reside perto de áreas de extrativismo.
“Como governo nacional temos uma tarefa muito importante, que também foi uma instrução do nosso presidente [Luis Arce] que tem é trabalhar pela vida e saúde da nossa população”, declarou Castro.
A ministra também afirmou que a maior contaminação com mercúrio é aquela que se realiza através do garimpo ilegal. “Por isso lutamos contra o garimpo ilegal, que tem efeitos catastróficos na população e na vida da nossa gente, do meio ambiente e dos animais”, enfatizou.
Castro sublinhou que a interação desprotegida das pessoas com o mercúrio pode provocar efeitos negativos no desenvolvimento das crianças, das grávidas e no sistema renal.
Segundo ela, o plano ainda está em elaboração, coordenado por especialistas em toxicologia e a colaboração de representantes da Organização Pan-Americana para a Saúde (OPAS).
Como parte do plano, o governo da Bolívia realizará intervenções nos departamentos de Cochabamba e Santa Cruz para coletar informações em mais de 36 comunidades, para atender seus habitantes com brigadas médicas especializadas no tratamento das doenças causadas pela exposição ao mercúrio.
(*) Com TeleSUR.