CENTRAL DO BRASIL

'A melhor educação financeira é participar do sindicato', diz economista

Analista também comenta o início do Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo federal

Brasil de Fato | Recife (PE) |

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O Desenrola Brasil permitirá a aplicação de descontos e juros mais baixos, assim como será possível parcelar o valor devido em até 60 vezes - Agência Brasil

O programa de renegociação de dívidas criado pelo governo federal, o Desenrola, começa a funcionar a partir desta segunda-feira (17). A renegociação vale, inicialmente, apenas para a faixa 2 do programa, que contempla pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil.

Também, a partir de segunda-feira, os bancos terão que limpar o nome de até um milhão e meio de pessoas que têm débitos de até R$ 100. Isso não significa um perdão total da dívida. Os bancos se comprometeram, ao aderir ao programa, que não usariam essa dívida para incluir os correntistas no cadastro negativo. Dessa forma, as pessoas podem fazer contratos de aluguel e compras a prazo, por exemplo.

O economista Pedro Faria, professor da UFMG, avalia que o Desenrola é um alívio para as famílias endividadas.

"O Desenrola entra para permitir que as famílias renegociem dívidas e possam retomar consumos, projetos pessoais, que estavam impossibilitados por causa do endividamento. Só esse primeiro movimento de 'desnegativar' as pessoas com dívidas de até 100 reais permite que elas possam consumir", analisou.

Leia mais: Renegociação de dívidas da faixa 2 do Desenrola Brasil começa hoje

O Desenrola também vai acompanhado de um programa educação financeira. O objetivo é criar um mecanismo de prevenção para que a população não se enrosque em novos débitos.

"A melhor medida de educação financeira que a gente pode oferecer para as pessoas é mostrar a importância de participar do seu sindicato, de se organizar com os colegas de trabalho, para garantir uma renda maior. Porque, com a renda muito baixa, não tem gestão que faça caber a feira do mês, os elementos mais básicos" analisou o economista, complementando que, nesse horizonte de aumento da renda e melhoria do emprego, é importante que as pessoas possam aprender a gerir melhor o orçamento.

Pedro participou do programa Central do Brasil desta segunda-feira (17). Além de analisar os efeitos do programa Desenrola, ele também falou da relação da área econômica do governo Lula com o mercado financeiro e analisou o desempenho do governo neste setor durante o primeiro semestre.

A entrevista completa você pode acompanhar na edição que está disponível no YouTube do Brasil de Fato.

Efeitos econômicos da Guerra

A moeda russa sofre forte desvalorização, chegando a cair para a marca de 93 rublos em relação ao dólar e 100 rublos em relação ao euro na última semana. A economia russa não via uma queda tão significativa da sua moeda desde março de 2022, logo após o início da guerra da Ucrânia, quando o rublo chegou a ficar em 135 por dólar. Quem explica melhor o que está acontecendo é o repórter Serguei Monin.

O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e emissoras parceiras espalhadas pelo país.

Edição: Nicolau Soares