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Motoristas e cobradores suspendem greve de ônibus de São Paulo e vão se reunir com patrões

Para sindicato dos trabalhadores, "clima de greve" obrigou patronal a reabrir a mesa de negociações

Brasil de Fato | Sâo Paulo (SP) |
Serviços vão operar normalmente nesta segunda na capital paulista - Rovena Rosa/Agência Brasil

Representantes dos motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista decidiram suspender a possibilidade de greve nesta segunda-feira (26) depois que representantes das empresas convocaram o sindicato da categoria para uma nova rodada de negociações salariais. Assim, o serviço vai operar normalmente durante todo o dia.

A possibilidade de greve foi colocada à mesa durante a última semana diante da falta de nova proposta por parte dos patrões. A proposta seria votada em assembleia que aconteceria na última quinta-feira (22), mas que foi cancelada após comunicado enviado pela patronal ao Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas).

"Diante dos últimos acontecimentos, eles baixaram a guarda, abdicaram da intransigência e pediram que as partes voltassem a se reunir. Aceitamos reabrir o diálogo e já adiantei que as tratativas serão sobre a pauta de reivindicações. As negociações serão objetivas. Não aceitaremos mais enrolação. Estamos no limite da nossa paciência", disse o presidente do sindicato, Cristiano Porangaba.

Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 13% e participação nos lucros de R$ 3 mil por pessoa, além de garantias de manutenção de empregos de cerca de 19 mil profissionais e volta da remuneração pelos 30 minutos de intervalo para refeição. A empresa respondeu com proposta de reajuste de 3,5% e participação nos lucros limitada a R$ 800, o que foi rejeitado pela categoria.

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"Nessa fase decisiva da campanha, o importante é que a nossa categoria se mantenha unida e mobilizada para que, caso seja necessário, fazer o enfrentamento a qualquer momento. Se um acordo não sair através do diálogo, vamos buscar a justa valorização dos nossos direitos pela luta", afirmou Porangaba.

Brasil de Fato entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP Urbanuss) em busca de posicionamento sobre a negociação salarial, mas não obteve retorno. Caso haja resposta, o texto será alterado.

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Edição: Rodrigo Durão Coelho