O filme Corpolítica, de Pedro Henrique França, estreia nesta quinta-feira (8) em salas de cinema de todo país. O documentário mergulha na experiência de seis candidaturas LGBTQIA+ nas eleições municipais de 2020 e coloca em evidência o conceito de representatividade política. O foco da obra é investigar o baixo número de pessoas LGBTQIA+ nos espaços públicos.
"A gente tem um discurso - muito perigoso - apolítico. A gente tem pessoas que ainda insistem que não querem falar sobre política, e esse filme é uma convocatória para falar de política", disse Pedro.
Ele participou do programa Central do Brasil desta quinta-feira (8) e comentou sobre a dificuldade do público LGBTQIA+ de participar das eleições e os caminhos para aumentar esta representatividade.
"O discurso apolítico é perigoso porque nos afasta. Quando a gente fala de subrepresentatividade, a gente fala de subrepresentatividade feminina, LGBTQIA+, negros, indígenas. A política tem que deixar de ter essa fotografia que a gente se acostumou, de homens brancos, héteros".
Além de constatar esses obstáculos dentro da arena política para a população LGBTQIA+, Paulo afirma que o filme tenta estimular esta participação e se colocar como uma inspiração para o surgimento de novas formas de atividade política.
"O filme é, sem dúvida, um abraço. Ele é uma luz nesse fim do túnel. A política pode ser feita com beleza, com afeto, com amor e com a seriedade que esse lugar merece", concluiu.
Para conferir a entrevista completa, basta assistir a edição do Central do Brasil desta quinta-feira (8).
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O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 12h30, pela Rede TVT e por emissoras públicas parceiras espalhadas pelo país.
Edição: Thalita Pires