O Sindicato dos Médicos do Sudão declarou nesta quinta-feira (20/04) que 70% dos hospitais em Cartum e nos estados vizinhos estão fora de serviço devido ao conflito militar interno em seu sexto dia de combates.
A organização sindical destacou que “dos 74 hospitais da capital e dos estados vizinhos nas zonas de combate, 52 hospitais estão fora de serviço, o que representa 70%”.
Neste sentido, nove hospitais foram bombardeados e 19 foram submetidos a evacuação forçada enquanto dos 22 que estão em funcionamento total ou parcial, apenas alguns têm a possibilidade de primeiros socorros.
O secretário-geral da Associação Médica do Sudão, Atia Abdullah, afirmou à mídia nacional que "há poucos hospitais funcionando e eles estão à beira do colapso".
De acordo com o Médicos Sem fronteiras no Sudão, a organização "está empenhada em impedir que armas entrem em instalações médicas no interesse da segurança de nossos pacientes e prestadores de serviços de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, funcionários e funcionários".
Por sua vez, o exército do Sudão e o grupo paramilitar Rapid Support Forces (RSF) continuam com os ataques depois de quebrar o segundo cessar-fogo, enquanto milhares de habitantes fugiram da capital.
O ministro da Defesa do Chade, país vizinho ao Sudão, Daoud Yaya Brahim, afirmou que um grande número de refugiados “foi bem recebido desde o início dos combates e os números estão aumentando. Pedimos às organizações humanitárias que intervenham”.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), aproximadamente 20.000 refugiados sudaneses chegaram ao país desde o início dos combates no último sábado (16/04).
Ao mesmo tempo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que quase 300 pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas.
(*) Com TeleSUR.