Um levantamento realizado pelo Instituto Fogo Cruzado aponta que, durante o carnaval, 22 tiroteios ocorreram na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a pesquisa, 33 pessoas foram baleadas, nove morreram e 24 ficaram feridas. O mapeamento começou a partir das 18h de sexta-feira (17) e encerrou ao meio-dia da última quarta-feira (22).
O caso mais grave ocorreu no município de Magé, na baixada fluminense. Uma briga entre um miliciano e um policial civil durante o carnaval na cidade terminou em tiroteio onde 20 pessoas ficaram feridas e três morreram, incluindo uma criança identificada como Maria Eduarda Carvalho Martins, de 9 anos.
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Na segunda-feira (20), um homem vestido de bate-bolas foi morto a tiros em Oswaldo Cruz, na zona norte do Rio. O corpo foi encontrado na Rua Henrique Braga.
“O carnaval é um período de lazer, mas quem circula pelas ruas armado durante o ano todo, também vai circular armado durante o carnaval. Esta deve ser uma preocupação constante das autoridades: como podemos reduzir a circulação de armas no estado? No feriadão isso é ainda mais sensível porque as cidades estão mais movimentadas, há mais aglomeração e os danos podem ser maiores”, afirma Carlos Nhanga, coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado no Rio de Janeiro.
De acordo com o Fogo Cruzado, entre os principais motivos de tiroteios estão: homicídio/tentativa de homicídio; ação/operação policial; roubo/tentativa de roubo; e briga.
O levantamento do instituto classificou os municípios com mais casos de violência. A baixada fluminense liderou o ranking. Rio de Janeiro: 13 tiroteios e 3 mortos; Nova Iguaçu: 3 tiroteios, um morto e dois feridos; Queimados: um tiroteio e um morto; São Gonçalo: dois tiroteio, um morto e dois feridos; Magé: um tiroteio, três mortos e 20 feridos e São João de Meriti: dois tiroteios.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister