O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou na última segunda-feira (23) a demissão de seis altos funcionários e cinco chefes de regiões do país. Entre eles está o vice-ministro da Defesa, Vyacheslav Shapovalov, o vice-chefe do Gabinete presidencial, Kirill Timoshenko, e o vice-procurador-geral, Oleksiy Symonenko.
Os motivos oficiais para as renúncias não foram informados.
De acordo com a publicação ucraniana Strana, o motivo da demissão de Timoshenko foram as suspeitas em vários processos criminais de corrupção contra ele. Segundo as fontes ouvidas pela publicação, a decisão foi tomada de maneira antecipada para não desgastar o Ministério da Defesa como um todo, antes do Escritório Nacional Anticorrupção do país anunciar as suspeitas.
Também foram demitidos quatro chefes de administrações regionais (Dnipropetrovsk, Zaporozhye, Kherson e Sumy) associados a Timoshenko.
As demissões foram precedidas por uma série de escândalos de corrupção na Ucrânia. Anteriormente, publicações na mídia do país relataram compras a preços inflacionados do Ministério da Defesa, a detenção do vice-ministro de Infraestrutura, Comunidade e Desenvolvimento do Território, Vasily Lozinsky, por suspeita de suborno, e informações sobre custos irregulares de uma viagem de férias do vice-procurador.
Ao anunciar as mudanças no governo, Zelensky afirmou que as reformulações atingiriam "dirigentes de vários níveis em ministérios e outras estruturas do governo central, e nas regiões, e no sistema de aplicação da lei".
De acordo com fontes do Strana, três ministros também estão sob ameaça de demissão do governo ucraniano - o ministro da Energia, German Galushchenko, o ministro da Juventude e Esportes, Vadym Gutzeit, e o ministro das Indústrias Estratégicas, Pavel Ryabikin.
Edição: Thales Schmidt