O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, que foi um dos principais assessores de Jair Bolsonaro durante sua gestão, não assumirá o comando do 1º Batalhão de Ações de Comando, em Goiânia.
Cid havia sido nomeado por Bolsonaro para o biênio 2023-24 e assumiria em fevereiro o batalhão, considerado estratégico. Mas sua nomeação incomodou Lula que pediu seu cancelamento.
A recusa de atender o pedido do presidente custou a demissão do ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda, no último sábado.
Nesta terça (24) o sucessor de Arruda, o general Tomás Paiva, se reuniu com Cid e a decisão foi tomada. O ex-assessor de Bolsonaro pediu para não assumir o batalhão para se concentrar na defesa para uma série de denúncias que enfrenta. Desta forma, ele deixa o caminho aberto para assumir o comando do batalhão no biênio seguinte
Denúncias
A Polícia Federal indiciou Cid, acusando-o de produzir fake news ditas por Bolsonaro. Entre elas, a associação falsa entre a vacina para a covid e o vírus do HIV e que a maioria dos mortos pela gripe espanhola havia morrido pelo uso de máscara.
Reportagem do portal Metrópoles também acusa Cid de coordenar um suposto esquema de caixa 2 dentro do próprio gabinete de Bolsonaro.
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No ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia autorizado a quebra do sigilo bancário de Cid, como parte das investigações.
Edição: Rodrigo Durão Coelho