Um dos grandes derrotados das Eleições 2022 é o PSDB. O partido, que tem encolhido desde 2014, quando Aécio Neves (PSDB) perdeu a eleição presidencial para Dilma Rousseff (PT) e questionou o resultado, colocando em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, teve seu pior desempenho eleitoral desde 1990, quando elegeu apenas um governador, Ciro Gomes, no Ceará.
Neste domingo (2), após o fechamento das urnas, o PSDB descobriu que nenhum de seus candidatos a governador venceu em primeiro turno e nenhum senador foi eleito.
Além disso, apenas quatro tucanos disputarão o segundo turno, e nenhum passou em primeiro lugar.
O mais conhecido deles é Eduardo Leite, que teve 26,81% contra 37,50% do bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL). Ele quase foi ultrapassado na reta final por Edegar Pretto (PT), que fechou com 26,77% dos votos.
Na paraíba, Pedro Cunha Lima teve 23% contra 39,65% de João Azevedo (PSB).
Em Pernambuco, Raquel Lyra passou em situação mais confortável. Ela recebeu 20,58% dos votos contra 23,97% de Marília Arraes, que teve um resultado bastante abaixo do previsto pelas pesquisas.
O último é Eduardo Riedel, que passou também quase empatado com Capitão Contar (PRTB): 25,16% para o tucano contra 26,71% do bolsonarista.
Contexto: Apequenou: PSDB teria hoje apenas 2 candidatos a governo no 2º turno e um senador eleito
Com isso, o PSDB corre o risco de governar nenhum dos 27 estados brasileiros, algo que nunca aconteceu, desde a fundação do partido, em 1988.
Em 1994, os tucanos elegeram seis governadores. Na eleição seguinte, 1998, subiram para sete governadores eleitos, número que se manteve em 2002 e 2006. Em 2010, veio o melhor desempenho do PSDB, quando o partido chegou ao governo em oito estados.
Entenda: Ninguém reparou, mas o PSDB morreu
Em 2014, puxados por Aécio Neves, os tucanos sofreram uma pequena queda, mas conseguiram eleger seis governadores. Quatro anos depois, em 2018, o PSDB venceu em apenas três estados.
Em São Paulo, reduto do eleitorado tucano, estado governado pelo PSDB desde 1994, o atual candidato e governador paulista, Rodrigo Garcia, não conseguiu chegar ao segundo turno, com apenas 18,40%. Agora, terá que decidir pelo apoio a Tarcísio de Freitas (PL) ou Fernando Haddad (PT), que terminaram em primeiro e segundo, respectivamente, na corrida eleitoral.
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Edição: Vivian Virissimo