tensão internacional

República Tcheca apoia proibição de emissão de vistos para russos

Aumentam os pedidos na Europa para proibir a entrada de russos; Moscou classifica movimentação como "russofobia"

São Paulo |
Aumenta o lobby na União Europeia para proibir a emissão de vistos para russos
Aumenta o lobby na União Europeia para proibir a emissão de vistos para russos - Flick: @frankieleon

O ministro das Relações Exteriores da República Tcheca, Yan Lipavsky, que atualmente ocupa o cargo de presidente do Conselho Europeu, apoiou nesta sexta-feira (12) a proibição da emissão de vistos para russos pelos países da União Europeia (UE).

"Uma interrupção completa na emissão de vistos para russos por todos os países da UE pode ser uma medida restritiva eficaz", disse o chanceler tcheco, segundo a AFP.

Lipavsky acrescentou que traria o assunto para discussão em uma reunião informal dos ministros das Relações Exteriores da UE em Praga no final de agosto.

"Contra o pano de fundo da agressão russa, que o Kremlin está constantemente intensificando, o turismo comum para cidadãos russos está fora de questão", disse ele.

Nas últimas semanas, tem havido crescentes pedidos na Europa para parar de emitir vistos – principalmente vistos de turista – para todos os russos.

As autoridades da Estônia já anunciaram a sua decisão de proibir a emissão de vistos Schengen para russos. A Finlândia, em particular, também se posicionou a favor de restringir a entrada de cidadãos russos por todos os países da UE.

Moscou vê decisão como uma crescente "russofobia" na Europa

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, por sua vez, declarou nesta sexta-feira (12) que a campanha anti-russa dos países bálticos está sendo realizada com o total apoio da União Europeia e dos Estados Unidos.

"Obviamente, a campanha anti-russa dos Bálticos está sendo realizada não apenas com o consentimento tácito, mas também com o total patrocínio de Bruxelas e Washington, que fecham os olhos para as manifestações do neonazismo no território de seus países bálticos vassalos", disse. 

Edição: Felipe Mendes