Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (20/06) pelo governo chinês, a Rússia superou, recentemente, a Arábia Saudita, e passou a ser a principal exportadora de petróleo para a China. A mudança aconteceu depois do país começar a vender a commodity com desconto de até 30% para as refinarias chinesas, para tentar compensar as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela Europa por conta da guerra na Ucrânia.
De acordo com a alfândega chinesa, as importações de petróleo russo totalizaram 8,42 milhões de toneladas em maio passado, enquanto as compras na Arábia Saudita somaram 7,82 milhões.
Os Estados Unidos, a União Europeia e o Reino Unido anunciaram um embargo ao petróleo russo, mas a União Europeia já abriu uma exceção para o produto transportado via oleoduto.
:: Após pressão dos EUA, Opep aceita aumentar produção de petróleo ::
Rússia culpa Europa por redução de gás natural
O governo russo culpou nesta segunda-feira (20/06) a Europa pelos cortes que a estatal Gazprom fez no abastecimento de gás natural para países como a Alemanha e a Itália na última semana. O fornecimento de gás foi reduzido em mais de 50%.
De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o país tem “gás pronto para exportação, mas os europeus precisam restituir as turbinas consertadas do [gasoduto] Nord Stream.”
O ministro da Economia alemão, Robert Habeck, se manifestou sobre a redução em uma entrevista à emissora ZDF, afirmando que se trata de uma "espécie de braço de ferro com Vladimir Putin, que tem o braço maior. Mas isso não significa que não se possa ter o braço mais forte."