Os candidatos Gustavo Petro e Rodolfo Hernández, que disputarão a Presidência da Colômbia no segundo turno eleitoral, marcado para 19 de junho, estão em empate técnico no número de intenções de voto, revelou uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (01/06).
De acordo com o primeiro levantamento de opinião elaborado após o primeiro turno das eleições no último domingo (29/05), o candidato independente de extrema direita Hernández tem 41% da preferência eleitoral, enquanto Petro, candidato da coalizão de esquerda Pacto Histórico, tem 39% do apoio.
A pesquisa demográfica realizada pelo Centro Nacional de Consultoría (CNC) para o telejornal CM&Newscast, com a participação de 1.200 colombianos de 43 municípios, apresenta uma margem de erro de 2,8%, sendo que os dois pontos de diferença entre os candidatos se situam na faixa do empate técnico.
Esta é a primeira vez em toda a campanha presidencial colombiana que o candidato do Pacto Histórico não aparece à frente das preferências eleitorais.
O levantamento, feito entre 30 e 31 de maio por telefone, revela ainda outros dados: 14% dos consultados disseram que não votariam em nenhum dos concorrentes, enquanto 5% disse que votaria em branco.
Por região, Petro prevalece em Bogotá com 49% em comparação com 39% do oponente. A capital do país, segundo o levantamento do CNC, seria a área onde há maior número de votos já definidos. O candidato de esquerda também é favorito na região do Caribe e do Pacífico, assim como entre a classe média do país.
No primeiro turno, Petro venceu a primeira posição com mais de 40% dos votos válidos, enquanto o ex-prefeito da cidade de Bucaramanga obteve pouco mais de 28%, relegando ao terceiro lugar o candidato do governo Federico Fico Gutiérrez, que até então, nas pesquisas eleitorais, era apontado como o segundo colocado nas preferências.
Gutiérrez anunciou na terça-feira (31/05) o apoio a Hernández no segundo turno.
Feministas exigem que Hernández compareça aos debates
A deputada Ángela María Robledo, pelo partido Aliança Verde, lidera um pedido, junto de outras cinco mulheres, ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para exigir que o candidato Rodolfo Hernández compareça a pelo menos três debates presidenciais antes do segundo turno.
“Ao garantir que não comparecerá a nenhum debate presidencial, viola as garantias eleitorais que temos como cidadãos de escolher de forma informada”, diz o documento, informando que a lei nacional dita que os candidatos têm o direito de “realizar três debates de até 60 minutos cada”.
Além disso, o documento também fala em “inconsistências” do candidato Hernández. “As propostas que ele apresentou em termos programáticos são muito diferentes do que ele está apontando agora e isso deve exigir consistência do sr. Hernández por parte da CNE”, disse a parlamentar.