O Comitê de Presos Políticos divulgou um estudo sobre a criminalização da defesa dos direitos humanos na Colômbia. A pesquisa alerta sobre o aumento de 165% nos processos judiciais contra líderes e defensores durante o governo do presidente Iván Duque. Afirma, além disso, que o ativismo social é uma atividade de alto risco no país e que o Ministério Público se tornou um instrumento de perseguição.
"Estão tentando criminalizar a ação dos líderes sociais, dizendo que esse líder está liderando marchas, promovendo protestos, opondo-se à empresa x ou y e que isso é uma estratégia de insurgência, não de liderança social. Fazem isso sem provas para comprovar essa estratégia, porque não há nenhuma prova de que muitos desses líderes sociais tenham relações com ações insurgentes", afirma Franklin Castañeda, diretor do Comitê.
A íntegra da pesquisa pode ser conferida neste link.
O relatório afirma que essas ações de perseguição judicial são uma estratégia para deslegitimar o ativismo social. E aponta ainda que, com o avanço da pandemia e das políticas de retrocesso implementadas pelo governo Duque, a desigualdade e o conflito aumentaram nos territórios, assim como as ameaças e a violência em algumas comunidades.
Segundo a ONG Indepaz, mais de 70 lideranças sociais já foram assassinadas na Colômbia em 2022.
Edição: teleSUR