O presidente Jair Bolsonaro anunciou que o Partido Liberal (PL), ao qual é filiado, vai contratar uma empresa de auditoria para monitorar as eleições de outubro, paralelamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O chefe do Executivo provocou o ex-presidente Lula (PT), dizendo que o objetivo é "garantir" a eleição do petista, que lidera as pesquisas de intenções de voto.
"Eu estive com o presidente do PL, há poucos dias. Como está na legislação eleitoral, nós contrataremos uma empresa para fazer auditoria nas eleições. Agora, deixo claro, adianto para o TSE, essa auditoria não será feita após as eleições, uma vez ela contratada, a empresa começa a trabalhar", afirmou.
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"As eleições têm que ser realizadas sem qualquer sombra de dúvidas. É o momento do TSE mostrar, através dessa empresa de auditoria, que temos o sistema mais confiante do mundo no tocante às eleições (...) Já que a pesquisa diz que o senhor Lula tem 40%, o Lula vai ganhar. Então, quero garantir a eleição do Lula com esse processo", concluiu Bolsonaro.
Forças Armadas não vão "chancelar" processo
O presidente também voltou a usar as Forças Armadas para sinalizar que não vai aceitar o resultado das eleições deste ano caso saia derrotado do pleito.
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"As Forças Armadas não vão fazer o papel apenas de chancelar o processo eleitoral, participar apenas como espectador do mesmo", disparou Bolsonaro em sua live semanal na noite desta quinta-feira (5).
A declaração vem em meio a falas de ministros do TSE, como a do presidente da Corte, Edson Fachin, de que não aceitará "intervenção" dos militares no processo eleitoral. Enquanto isso, os verde-oliva questionam a segurança das urnas eletrônicas e do sistema de apuração.
Presidente nega contato com CIA sobre urnas
Durante a transmissão, Bolsonaro negou que o governo brasileiro tenha recebido qualquer orientação da CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, sobre as eleições do Brasil.
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Segundo a agência de notícias Reuters, o diretor da CIA, William Burns, teria dito a integrantes do governo federal que Bolsonaro deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país.
A orientação teria sido feita durante uma reunião em julho de 2021, de acordo com duas fontes ouvidas pela agência. Na live, o presidente classificou a notícia como “narrativa” e “fake news”.
“Seria extremamente deselegante dele, um chefe da CIA, vir aqui, ir a outro país, vir ao Brasil, para dar um recado. A gente vê que é uma mentira que, por coincidência, talvez queiram criar uma narrativa plantada fora do Brasil quando as Forças Armadas, que deixo bem claro, foram convidadas a participar do processo eleitoral”, afirmou Bolsonaro.
Edição: Rebeca Cavalcante