LAWFARE

Justiça do Equador emite ordem de extradição do ex-presidente Correa; Bélgica oferece asilo

Rafael Correa é acusado de supostamente receber subornos em contratos com empresas privadas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Rafael Correa foi presidente do Equador de 2007 a 2017 e afirma ser vítima de perseguição judicial - Alfredo Estrella / AFP

O presidente da Corte Nacional de Justiça do Equador (CNJ), Iván Saquicela, assinou a ordem de extradição do ex-presidente Rafael Correa (2007 - 2017), acusado de receber subornos durante sua última campanha presidencial. A decisão foi enviada à chancelaria equatoriana. Em resposta, a Bélgica, país onde Correa reside desde 2017, concedeu asilo político ao ex-mandatário.

Em setembro de 2020, o Tribunal de Cassação do Equador ratificou a sentença de oito anos de prisão contra Correa e o ex-vice presidente Jorge Glas, acusados de receber US$ 7,5 milhões em subornos de empresas privadas para financiar a campanha eleitoral da sua coalizão Aliança País. 

Glas foi preso em 2017 e Correa teve seus direitos políticos suspensos por 25 anos.

:: Lawfare latino-americana: a Operação Condor do século 21 :: 

O processo é denunciado internacionalmente como um caso de lawfare - perseguição político judicial. 

Em tom jocoso, Rafael Correa respondeu a sentença em suas redes sociais, dizendo: "creio que já é a quarta vez. Tomara que também publiquem a resposta da Bélgica. Palhaço".


 

Edição: Arturo Hartmann