A China voltou a registrar o maior número diário de casos de covid-19 desde o início da pandemia, com mais de 27 mil contágios no último domingo (10). Apesar do aumento de casos, as autoridades afirmam que a estratégia de "zero covid", que vem sendo adotada no país, é a melhor abordagem para cuidar da saúde da população.
Do total de 27.595 novas infecções confirmadas, 26.411 são casos assintomáticos. Como já vinha acontecendo, a maior parte das novas infecções está concentrada na cidade de Xangai, onde quase todos os 26 milhões de habitantes permanecem em confinamento. A cidade tem realizado várias rodadas de testes para identificar os possíveis contágios.
"A política 'zero covid' é uma abordagem científica e, se pudermos fazer bom uso dela, obteremos o máximo benefício com o custo mínimo. Essa abordagem dinâmica que escolhemos consiste em fazer todo o possível para reduzir o impacto da covid-19 na saúde e segurança das pessoas e, ao mesmo tempo, equilibrar de forma eficaz e precisa a prevenção da pandemia e a produção. Lançamos medidas de controle no curto prazo para poder ter uma vida normal no longo prazo", afirmou Liang Wannian, chefe da equipe de especialistas da força-tarefa de resposta à covid-19 no país asiático.
As autoridades e empresas de entrega de encomendas de Xangai estão multiplicando seus canais de fornecimento. O objetivo é garantir a entrega de alimentos e outras necessidades básicas aos habitantes da cidade durante o confinamento.
O governo chinês foi muito questionado sobre a estratégia "zero covid", principalmente depois da descoberta da variante ômicron, mais transmissível. Segundo as autoridades do país, porém, essa continua sendo a abordagem correta para proteger a saúde da população.
Edição: Felipe Mendes