Após 34 dias de guerra, há expectativa sobre uma possível solução do conflito na próxima rodada de negociação, que começa nesta terça-feira (29), na Turquia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou a meios locais russos que "há possibilidade de chegar a um acordo". Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou estar aberto a aceitar o acordo de neutralidade proposto por Moscou.
"Garantias de segurança e o status de neutralidade do nosso Estado. Estamos prontos para aceitar isso, que é o ponto mais importante. Era o primeiro ponto de princípio para a Federação Russa. E, pelo que lembro, a guerra começou por isso", disse Zelensky.
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O secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também designou o chefe de asssuntos humanitários, Martin Griffiths, como seu representante para entrar em contato com ambas partes em busca de um cessar-fogo imediato.
De acordo com o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, 3.866.224 refugiados já abandonaram a Ucrânia desde o início da guerra.
Sanções econômicas
O grupo das sete maiores potências econômicas mundiais (G7) divulgou um comunicado confirmando que se negam a pagar as importações de gás da Rússia em rublos.
"Todos os ministros de energia do G7 estão de acordo que seria uma violação unilateral e clara dos contratos existentes. Pagar em rublos é inaceitável", afirmou o ministro de economia da Alemanha, Robert Habek.
No dia 23 de março, o presidente Vladimir Putin anunciou que todos os contratos da estatal Gazprom com "países não aliados" deveriam ser pagos na moeda nacional russa, que desvalorizou cerca de 60% após a imposição de um pacote inédito de sanções econômicas pelos EUA e União Europeia.
Até janeiro deste ano, 57% das vendas da estatal russa Gazprom eram pagas em euros e 39% em dólares estadunidenses. A Rússia é o maior produtor e exportador de gás natural do mundo e o terceiro maior exportador de petróleo.
Edição: Thales Schmidt