A representação diplomática da China na União Europeia rejeitou o pedido da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan) para "condenar claramente" a invasão russa da Ucrânia. Por conta do pedido, os chineses relembraram que bombas da aliança militar destruíram a Embaixada da China em Belgrado, durante a intervenção militar da Otan na Iugoslávia, em 1999.
"O povo chinês pode se relacionar plenamente com as dores e sofrimentos de outros países porque nunca esqueceremos quem bombardeou nossa embaixada na República Federal da Iugoslávia", afirmou o porta-voz da representação diplomática da China na União Europeia.
Após mísseis dos Estados Unidos matarem 3 chineses e causarem outros 20 feridos, protestos contra a ação militar do Pentágono emergiram na China. O então presidente dos EUA, Bill Clinton, afirmou que o episódio foi um acidente e Pequim disse que o incidente fora um "ato bárbaro".
"Não precisamos de palestras sobre justiça do abusador do direito internacional. Como remanescente da Guerra Fria e a maior aliança militar do mundo, a Otan continua a expandir seu escopo geográfico e alcance de operações. Que tipo de papel desempenhou na paz e estabilidade mundiais? A Otan precisa ter uma boa reflexão", destacou o porta-voz chinês.
As afirmações de Pequim ocorrem após o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, dizer que a China "tem a obrigação, como membro do Conselho de Segurança da ONU, de realmente apoiar e defender o direito internacional" e não apoiar a Rússia.
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De acordo com o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), 3.169.897 refugiados já fugiram da Ucrânia desde a eclosão do conflito. A Polônia recebeu a maior parte dessas pessoas e abriga 1,9 milhão de refugiados.
Edição: Arturo Hartmann