A China contabilizou 1.437 novos casos de covid-19 nesta segunda-feira (14), com 1.337 de transmissão local. Com seguidos dias com mais de mil casos diários, esta é a pior onda de contágios no país desde o início da pandemia.
A situação mais complicada está na província de Jilin, na região nordeste, mas, no total, foram detectados casos em pelo menos 16 províncias e regiões da China, incluindo as quatro megacidades de Pequim, Tianjin, Xangai e Chongqing.
"O ressurgimento de casos causado pela Ômicron vinha se espalhando discretamente por algum tempo até o primeiro paciente ser reportado. Os levantamentos epidemiológicos não devem apenas prestar atenção aos contatos próximos, secundários e gerais, mas também considerar as cadeias de transmissão em estágio inicial. Casos assintomáticos devem ser identificados o mais rápido possível por meio de estudos e testes de amplificação de ácido nucleico", afirmou Xu Hejian, porta-voz do Governo Municipal de Pequim.
Para enfrentar o surto, as autoridades locais anunciaram várias rodadas de testes de ácido nucleico em massa, e a província de Jilin ativou pelo menos três hospitais temporários para atender o crescente número de pacientes. Foi decretado lockdown nas cidades de Changchun e Shenzhen, com 9 e 17 milhões de habitantes, respectivamente.
Diante da avalanche de casos, a China autorizou a venda e uso doméstico de autotestes de antígenos, com o objetivo de massificar ainda mais o monitoramento da saúde e acelerar a detecção do vírus.
Esta é a primeira vez que Pequim permite o autoteste para covid-19. A medida faz parte de um conjunto de alterações na política de tolerância zero contra a doença, depois que o primeiro-ministro chinês Li Keqiang afirmou que a estratégia de "tolerância zero" deve ser ajustada para evitar paralisações na economia.
Edição: teleSUR