A operação militar especial russa na região de Donbass, leste da Ucrânia, já dura mais de 24 horas. Segundo o governo russo, a medida serve para impedir o "genocídio" da população que vive nas Repúblicas Populares Donestk e Lugansk, regiões que buscam independência de Kiev. O outro objetivo seria desmilitarizar a Ucrânia, por isso os alvos seriam bases militares em todo o território ucraniano.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que foi necessário mudar a estratégia e confirma que atacaram cerca de 80 bases militares, controlaram a usina nuclear de Chernobil e tropas russas já entraram na capital ucraniana, Kiev.
O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse, em coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (25), que o objetivo do governo russo não é ocupar o território ucraniano, mas impedir o avanço de grupos de extrema direita e a agressão às repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.
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Em Moscou, São Petersburgo, Ekaterimburgo e outras grandes cidades russas há manifestações populares contrárias à guerra.
Já o presidente ucraniano Volodimir Zelenski propôs sentar-se a negociar com Putin para prevenir mais mortes, afirmando que seria o início de uma guerra contra a Europa.
A União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos emitiram mais sanções econômicas contra Rússia. O Parlamento europeu promete uma segunda rodada de sanções para esta sexta-feira (25) que "poderia congelar cerca de 70% das transações comerciais russas".
O Brasil de Fato entrevista o doutor em filosofia política e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Héctor Luis Saint-Pierre, ao vivo, a partir das 10h30.
Edição: Thales Schmidt