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Ex-presidente do Equador, Rafael Correa debate perseguição judicial na América Latina em live

Programa "Trilhas da Democracia" convida ex-mandatário para conversar sobre lawfare

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Rafael Correa atualmente vive na Bélgica, onde obteve asilo político
Rafael Correa atualmente vive na Bélgica, onde obteve asilo político - Miguel Ángel Romero/ Presidencia de la República

O lawfare —  uso de instituições jurídicas, de forma abusiva, para perseguir adversários — na América Latina mudou o cenário político e eleitoral na última década. No Brasil, a Operação Lava Jato, coordenada pela ex-juiz Sergio Moro, prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impedindo-o de disputar as eleições de 2018. 

No Equador, a Justiça também acusou o ex-presidente Rafael Correa e seu vice, Jorge Glas, de financiamento indevido de campanha através de repasses financeiros de construtoras, incluindo a brasileira Odebrecht. Correa e Glas governaram o país entre 2007 e 2017.

Em abril de 2020, O Tribunal Penal da Corte Nacional de Justiça do Equador condenou Correa a oito anos de prisão e suspendeu seus direitos políticos por 25 anos, impedindo-o de disputar as eleições presidenciais de 2021. O ex-presidente vive na Bélgica, desde 2017, e mais recentemente, na condição de exilado político.

Jorge Glas estava preso desde 2017, acusado de corrupção, suborno. Desde o dia 10 de abril deste ano, cumpre liberdade provisória, após receber habeas corpus. O ex vice-presidente também teve seus direitos políticos cassados por 25 anos.

A perseguição político-judicial também alterou cenários eleitorais na Bolívia, com o golpe de outubro-novembro de 2019; na Argentina, com as denúncias que pesaram contra a atual vice-presidenta Cristina Fernández de Kirchner e favoreceram a eleição de Maurício Macri, em 2019.

A abrangência do chamado lawfare na política latino-americana será o tema de debate do programa Trilhas da Democracia, que vai ao ar nesta sexta-feira (6), às 12h30, pelos canais do Brasil de Fato, rede TVT e TV Brasil 247.

Edição: Thales Schmidt