A Operação Barkhane e a Operação Takuba caminham para seu fim. Nesta quinta-feira (17), a França e países aliados anunciaram em comunicado que começaram a retirar suas tropas do Mali.
"Devido a múltiplas obstruções das autoridades de transição malinesas, o Canadá e os Estados europeus que atuam juntos na operação Barkhane e na força-tarefa Takuba consideram que não estão dadas as condições políticas, operacionais e legais para continuar efetivamente com seu atual engajamento militar na luta contra o terrorismo no Mali", diz o comunicado.
A junta militar que governo o Mali, após um golpe de Estado, recuou de um acordo para realizar eleições para o retorno do poder civil e se propõe ficar no poder até 2025.
O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu a atuação militar francesa na África e elogiou a decisão de seu antecessor, François Hollande, de enviar tropas e disse que se isso não tivesse sido feito, "teria ocorrido o colapso do Estado maliano".
O presidente francês também tem acusado publicamente o grupo paramilitar de origem russa Wagner de atuar no Mali por "interesses comerciais".
Macron defendeu o fim da parceria, mas destacou que tropas europeias continuaram no Níger e no Golfo da Guiné.
"Não podemos permanecer engajados militarmente ao lado de autoridades de fato de cuja estratégia e objetivos secretos não compartilhamos", afirmou Macron.
Os militares estrangeiros estão no país desde 2013 e participam de uma operação de combate ao terrorismo fundamentalista islâmico. Cerca de 2.400 soldados franceses estão no Mali, que também conta com uma missão de paz da ONU e uma missão de treinamento da União Europeia.
* Com informações da DW.
Edição: Arturo Hartmann