Crise hídrica

Rodízio de abastecimento de água em Curitiba e Região Metropolitana é suspenso

A capital paranaense e região metropolitana passaram 649 dias em rodízio, desde março de 2020

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Normalização do abastecimento deve ocorrer a partir das 16 horas de sexta-feira (21) - Foto: José Fernando Ogura

Curitiba e Região Metropolitana não terão mais rodízio de água. O anúncio foi feito pelo governador Ratinho Junior (PSD) e pelo diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, nesta quarta-feira (19).

Os reservatórios que compõem o Sistema de Abastecimento Integrado (SAIC) atingiram nível médio de 80,34% da capacidade com as chuvas de janeiro, antecipando a programação do fim do rodízio, prevista para março. A normalização do abastecimento deve ocorrer a partir das 16 horas de sexta-feira (21).

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Houve anúncio também de que não haverá novo rodízio no abastecimento em 2022, mesmo no pior cenário de estiagem. Os reservatórios têm capacidade de atendimento de 12 a 16 meses. Ainda assim, o estado permanece sob alerta de emergência hídrica porque enfrenta a seca mais severa dos últimos 91 anos. Foram 649 dias de rodízio, implementado em março de 2020.

"Tivemos uma escassez hídrica concomitante com a pandemia nesses últimos anos. E agora temos a notícia que um desses grandes problemas está resolvido. Mesmo não tendo chuvas regulares, temos a garantia da preservação do sistema sem rodízio. Claro que nesse período vamos continuar trabalhando. Temos várias obras antecipadas no estado, estamos mobilizando as equipes, olhando a curto e médio prazo, para deixar um legado para o Paraná", disse Stabile.

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Segundo ele, sem as ações implementadas, principalmente o rodízio, o sistema teria entrado em colapso em outubro/novembro de 2020, quando as barragens teriam atingido níveis entre 12,7% e 13,1%, o que praticamente inviabilizaria o fornecimento de água. O cenário se repetiria a partir de julho/agosto de 2021, quando os níveis chegariam a 11%, baixando até 4,5% em outubro de 2021.

Fonte: BdF Paraná

Edição: Lia Bianchini