Crise hídrica

Paraná: chuvas ainda estão abaixo da média para o mês de janeiro em 27 cidades

Levantamento aponta chuvas de 115 milímetros até o momento em Curitiba, faltando 70 mm para a normalidade

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Estado está sob Decreto de Emergência em todo o seu território desde 2020 - Gilson Abreu/AEN

As chuvas voltaram a ganhar intensidade no Paraná em janeiro de 2022, mas ainda estão distantes da média histórica para o mês. Segundo levantamento do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) sobre os primeiros 16 dias do mês, apenas 15 municípios estão a menos de 100 milímetros de atingir a média histórica, enquanto outras 27 cidades ainda estão distantes da régua normal do mês.

O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (17), aponta chuvas de 115 milímetros até o momento em Curitiba, faltando 70 mm para alcançar a normalidade (185 mm). Apenas no sábado (15), choveu entre 30 e 50 mm em pontos distintos da capital.

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Pinhais e Guarapuava são as que estão mais próximas da média. A cidade da Região Metropolitana de Curitiba já registrou 174,2 mm de chuva em janeiro, contra 191,5 mm da média (diferença de apenas 17,5 mm). No município do Centro-Sul já choveu 161 mm, contra 185,3 mm da série histórica (restando 24,3 mm).

A região que mais concentrou chuvas foi Guaratuba, com 307 mm até o momento, restando 44,3 mm para a média (351,3 mm). É quase o dobro de precipitações das cidades que também registram chuvas em alta: Pinhais (174,2 mm), Paranaguá (161,8 mm), Guarapuava (161 mm) e Antonina (158 mm).

Os principais déficits são em Foz do Iguaçu (Oeste), restando 275,3 mm (registro de apenas 34,4 mm, contra 309,3 mm de média); Campo Mourão (Noroeste), restando 256,6 mm (apenas 40 mm em janeiro, contra 296,6 mm de média); e Altônia (Noroeste), restando 227,7 mm (53 mm em 2022, contra 280 mm de média).

Rodízio

Com as chuvas de janeiro, a companhia de abastecimento Sanepar acrescentou mais um dia com água no rodízio da Região Metropolitana de Curitiba. O tempo de abastecimento será de três dias e meio (84 horas com água) e até 36 horas de suspensão.

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Esse novo modelo é possível devido à elevação do nível das barragens do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC), que chegou nesta segunda a 76,9%.

Outras cidades com situação crítica de abastecimento também estão com rodízio, como Dois Vizinhos, no Sudoeste.

Em 2021, o país viveu a pior seca em 91 anos. O Paraná tem sido afetado pela crise hídrica desde 2020, quando os reservatórios atingiram níveis mínimos históricos. O estado está sob Decreto de Emergência em todo o seu território devido à estiagem.

Instabilidade continua

Segundo o Simepar, o ambiente atmosférico de instabilidade permanece no estado nesta semana. Há chances de temporal na RMC e no litoral. As temperaturas seguem elevadas, com máximas de 39°C em Umuarama e 37°C em Foz do Iguaçu na quinta-feira (20).

Fonte: BdF Paraná

Edição: Lia Bianchini