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Justiça do Haiti proíbe premiê de sair do país por investigação de caso Moïse

Ariel Henry é apontado como suspeito no assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse

Brasil de Fato | Caracas (Venezuela) |

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Ariel Henry assumiu como primeiro-ministro do Haiti em julho e é acusado como suspeito do assassinato de Jovenel Moise - Valerie Baeriswyl / AFP

A Procuradoria de Porto Príncipe, capital do Haiti, emitiu uma decreto proibindo o primeiro-ministro Ariel Henry de sair do país por ser considerado suspeito no caso de assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse. 

O promotor Claude Belfort sustenta sua acusação no registro de duas ligações telefônicas entre Henry e suspeitos de ordenar o homicídio alguns minutos após o atentado, entre eles Joseph Felix Badio, acusado de ser um dos autores intelectuais do crime.

O premiê nega sua relação com o magnicídio. "As ações para criar confusão e impedir que se faça justiça não podem ocorrer. Os verdadeiros culpados, autores intelectuais e responsáveis pelo assassinato do presidente Jovenel Moïse, serão julgados e punidos pelos seus atos", assegurou Henry.

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No último fim de semana, o Haiti chegou a um acordo entre governo e vários partidos de oposição para adiar as eleições e manter o governo interino de Ariel Henry até 2023. O pacto assinado no último fim de semana também inclui a elaboração de uma nova constituição através de uma assembleia constituinte. 

Quem é Ariel Henry?

Ariel Henry é médico cirurgião, tem 71 anos, era assessor científico do grupo de combate à covid-19 e foi um dos coordenadores da campanha contra a epidemia de cólera no Haiti em 2012.

Já atuou como ministro de Assuntos sociais e do Trabalho (2011-2016), e do Interior, em 2016, durante a gestão de Michel Martelly. Em 2006, havia sido ministro da Saúde.
 
Ajudou a fundar o movimento Convergência Democrática, em oposição ao governo de Jean-Bertrand Aristide. Atualmente é membro do partido social-democrata Inite e, desde 20 de julho, atua como primeiro-ministro do Haiti.
 

Edição: Arturo Hartmann