Após duas semanas do assassinato do ex-presidente Jovenel Moise, o país possui um novo primeiro-ministro. Ariel Henry havia sido nomeado por Moise um dia antes de falecer, diante da renúncia de Claude Joseph, apresentada no dia 5 de julho.
No entanto, logo do crime de magnicídio, Joseph se autoproclamou presidente interino e convocou um conselho de Estado.
Henry reivindicou o cargo, mas não havia assumiddo antes da morte de Moise, iniciou a guerra de braço. Resolvido o conflito com um acordo de unidade pela "estabilidade do país", Joseph assumirá como ministro de Relações Exteriores do país.
Arrêté nommant les membres du Cabinet Ministériel du Premier Ministre Ariel HENRY pic.twitter.com/roDEhS2spU
— Communication Haïti (@MCHaiti) July 20, 2021
Ariel Henry é médico cirurgião, tem 71 anos, era assessor científico do grupo de combate à covid-19 e foi um dos coordenadores da campanha contra a epidemia de cólera no Haiti em 2012.
Já atuou como ministro de Assuntos sociais e do Trabalho (2011-2016), do Interior, em 2016, durante a gestão de Michel Martelly. Em 2006, havia sido ministro da Saúde.
Ajudou a fundar o movimento Convergência Democrática, em oposição ao governo de Jean-Bertrand Aristide. Atualmente é membro do partido social-democrata Inite.
Leia também: Referendo no Haiti: nova data, mesmas irregularidades
Jovenel Moise foi assassinado a tiros, na residência oficial, no dia 7 de julho. Até o momento, 15 pessoas foram detidas, sete foram abatidas pela polícia e os demais estão foragidos da justiça, entre haitiano-estadunidenses e paramilitares colombianos.
As investigações apontam que a operação "Novo amanhecer para o Haiti" foi planejada em Miami, Florida e envolve empresas de segurança privada de opositores venezuelanos e equatorianos.
Edição: Leandro Melito