O Psol afastou do exercício do mandato na Câmara Municipal de Niterói (RJ) o vereador Paulo Eduardo Gomes por um período de 60 dias. No início de julho, Gomes foi acusado de cometer ato de machismo e lesbofobia contra a vereadora Verônica Lima (PT) durante uma reunião dentro da Casa Legislativa.
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Na época, a vereadora relatou o caso minutos depois no Plenário da Câmara e nas redes sociais. Segundo Verônica, durante uma discussão, Paulo Eduardo disse que se ela queria "ser homem", ia então tratá-la "como homem". A vereadora afirmou que Gomes tentou constrangê-la por sua orientação sexual.
Nesta segunda-feira (2), Verônica escreveu nas redes sociais que "lesbofóbicos não passarão". Ela disse também que violência política de gênero é um problema grave que precisa ser enfrentado. "Precisamos construir medidas efetivas para que os casos não se repitam e as mulheres parlamentares exerçam seus mandatos em paz. Exigimos justiça!".
LESBOFÓBICOS NÃO PASSARÃO!
— Verônica Lima (@VeronicaLimaVe) August 2, 2021
A violência política de gênero é um problema grave que precisamos enfrentar. Precisamos construir medidas efetivas para que os casos não se repitam e as mulheres parlamentares exerçam seus mandatos em paz. Exigimos justiça!https://t.co/cy1CBvoQhk
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Em entrevista à TV Globo, a vereadora do PT questionou a sanção do Psol a Paulo Eduardo Gomes. Segundo ela, "dois meses de cursinho" para um vereador com tal idade e experiência política não são suficientes. Gomes passará por alguns cursos sobre racismo, machismo e homofobia.
Também nesta segunda-feira (2), dia que marca o retorno da Câmara Municipal de Niterói aos trabalhos legislativos, Regina Bienenstein assumiu a vaga de Gomes como suplente para exercer o cargo de vereadora. Regina é professora da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e uma de suas principais pautas é o direito à moradia na cidade.
Em nota, Paulo Eduardo admite que cometeu um erro e que pediu desculpas à vereadora e no Plenário da Câmara após o fato. Ele disse que concorda com a deliberação partidária que aplicou como penalidade a sanção de 60 dias, além da entrega da liderança da bancada na Casa.
"Esse tem sido um período de formação e reflexão para reforçar a autocrítica e voltar às atividades no parlamento seguindo nosso compromisso com as lutas da cidade, com a defesa do SUS, em defesa dos trabalhadores e ao lado de todos os movimentos sociais", afirma o vereador do Psol.
* Matéria atualizada às 14h47 do dia 03/08/2021
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda