Nesta quarta-feira (2), a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, anunciou que os lotes da Sputnik V fabricados pelo país foram aprovados na supervisão de controle de qualidade pelo Instituto Gamaleya, desenvolvedor da vacina. Em abril, a Argentina enviou uma mostra das 21 mil doses fabricadas pelo laboratório privado Richmond, que recebeu o investimento de AR$30 milhões (R$ 1,6 milhão) do governo para aprimorar sua capacidade produtiva. No Brasil, o imunizante russo não é aplicado.
Dessa forma, a Argentina passa a ser um um dos poucos países que fabricam vacinas contra a covid-19 no mundo, e o primeiro da América Latina a produzir a fórmula russa. A Sputnik V foi a primeira vacina que o país aplicou, ao inaugurar a campanha de vacinação – que, atualmente, já contabiliza mais de 9 milhões de pessoas com a primeira dose de Sputnik V, AstraZeneca, Sinopharm ou Covishield.
A produção argentina da Sputnik V foi denominada Sputnik Vida. A notícia sobre a aprovação se soma à aceleração da vacinação, que se aproxima dos 10 milhões de inoculados. No último final de semana, foram 350 mil aplicações em apenas dois dias, e de segunda a esta quarta, foi estipulado um novo recorde: 590.381 de vacinados em três dias.
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Vizzotti anunciou que a produção da Sputnik Vida deverá começar "no curto prazo". "São três lotes consecutivos do componente 1 e três do componente 2. Vamos avançar firmemente na importação dos antígenos", disse, em uma conferência de imprensa esta manhã.
Além da produção nacional, a Argentina ainda receberá mais doses da Rússia. A ministra destacou que 800 mil doses do primeiro componente da Sputnik V chegarão de Moscou nesta quinta-feira (3), e outro voo partirá da Argentina ainda nesta semana para buscar 100 mil primeiras doses e 400 mil unidades da segunda dose da vacina russa.
O ministro de Saúde da província de Buenos Aires, Daniel Gollán, reforçou que a notícia da aprovação da Sputnik Vida "é excelente". "Vamos agregar uma grande quantidade de vacinas a serem aplicadas nesta que é a maior campanha de vacinação da história", disse.
Edição: Vinícius Segalla