A oposição ao governo Bolsonaro se fortaleceu com as grandes manifestações do último sábado. Milhares foram às ruas dizer basta ao descontrole da pandemia e falta de vacina, ao descalabro da fome, da carestia, do desemprego e caos provocados pela sabotagem de Bolsonaro. A CPI não pode acabar em pizza.
Seguimos na defesa do isolamento social. Mas sabemos que a população pobre e periférica não tem tido o direito de se proteger da covid. Sem renda não é possível ficar em casa. Portanto, não podemos calar diante de escolhas inaceitáveis, como morrer de fome ou morrer de covid. E essa é a situação da maioria do povo.
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O campo popular deve agora reforçar sua unidade e sua conexão com as necessidades mais sentidas pelo povo. Juntamente com a defesa do auxílio de R$ 600, vacina e o impeachment, o combate à carestia deve estar no centro de nossa ação. Carestia significa fome, desnutrição, humilhação.
É urgente barrar o projeto de destruição nacional apoiado pela Faria Lima. O Brasil precisa retomar investimentos públicos e perseguir o pleno emprego. Para isso, é necessário afastar Bolsonaro e seguirmos unidos para derrotar o desmonte neoliberal, da extrema ou da velha direita travestida de centro.
*Edson Carneiro Índio, presidente da Intersindical e da Frente Povo Sem Medo.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Leandro Melito