Antes das 19h30, na avenida Paulista, uma TV em um bar anuncia que mais 2.383 brasileiros morreram em decorrência da cocid-19. “A maioria é preto, pode ter certeza”, diz Douglas Belchior, fundador da Coalizão Negra por Direitos. Em seguida, começou o ato do movimento negro, que marca o 13 de maio na capital paulista, que tem como principal bandeira a denúncia do genocidio negro.
“Nem bala, nem fome e nem covid. O povo negro quer viver. Esse é o projeto que o governo de Bolsonaro tem para o povo preto, querem nos matar diariamente e de diversas formas”, afirma Belchior.
:: Liberdade pelas mãos do povo preto: a verdadeira história do 13 de Maio e da Abolição ::
Cerca de 15 mil pessoas participam da manifestação, segundo a Coalizão Negra Por Direitos. Os manifestantes ocuparam a avenida Paulita, seguiram até a Consolação e desceram até a Praça Roosevelt, na região central da capital paulista.
"Bolsonaro, eu não me engano, o seu governo é miliciano" e "Chega de chacina! Educação, auxílio e vacina" foram algumas das palavras de ordem dos manifestantes durante o ato.
Também presente no ato, a vereadora Erika Hilton (PSOL) ressalta que além da realidade imposta pela pandemia, a população tem enfrentado “um cenário de extermíno”. "Foi no Jacarezinho, foi em Belford Roxo, em todos os lugares da periferia do nosso país, o nosso povo vem sendo vítima de um genocídio brutal", ressalta.
"Pra reafirmar o óbvio, pra reafirmar que nossas vidas importam e que o povo negro permanece na resistência de pé e na luta, nós viemos pra rua dizer: 'Parem de nos matar - nem bala, nem fome, nem covid. O povo negro quer viver!'".
13 de Maio - Curated tweets by brasildefato
Edição: Leandro Melito