Verónika Mendoza declarou na quarta-feira (5) apoio ao candidato do Peru Livre, Pedro Castillo, na disputa para o segundo turno das eleições presidenciais peruanas, em 6 de junho, contra a direitista Keiko Fujimori, do Força Popular.
Pelo Twitter, a ex-candidata do Juntos pelo Peru apontou a necessidade de "acabar com a máfia" e o "autoritarismo", uma declaração que alude ao período que governou o ex-ditador Alberto Fujimori (1990-2000), pai da concorrente de Castillo nas urnas do segundo turno.
"Hoje, as forças democráticas têm a responsabilidade histórica de se unir para bloquear o caminho à máfia e ao autoritarismo, mas acima de tudo, a oportunidade histórica de construir um Peru onde todas as vozes sejam ouvidas e ninguém fique para trás", disse Mendoza que ficou em sexto lugar no primeiro turno, em 11 de abril.
Hoy las fuerzas democráticas tenemos la responsabilidad histórica de unirnos para cerrarle el paso a la mafia y al autoritarismo, pero sobre todo, la oportunidad histórica de construir un Perú en el que todas las voces sean escuchadas y nadie se quede atrás#CompromisoPorElCambio pic.twitter.com/3bga2wEVpV
— Verónika Mendoza (@Vero_Mendoza_F) May 6, 2021
Vencedor do primeiro turno com 18,92%, seguido de Keiko Fujimori com 13,41%, Castillo lidera as últimas pesquisas de intenção de voto: 43% a 34%, segundo o Instituto Ipsos. A diferença entre os candidatos neste estudo é de nove pontos percentuais.
Esta distância é ligeiramente menor do que a registrada na rodada de 15 e 16 de abril, quando o candidato do Peru Livre obteve 42% das menções, contra 31% de sua opositora.
No encontro, Mendoza e Castillo se comprometeram a inaugurar um "novo tempo" no Peru e que a soberania seja recuperada para "construir um novo pacto social por meio de uma Assembleia Constituinte popular". Os políticos também falaram sobre o enfrentamento em relação à grave crise econômica e de saúde que atravessa o país, favorecendo a geração de empregos e "deixando para trás o modelo econômico atual".
Por sua vez, o candidato do Peru Livre assinou um documento de nove pontos no qual promete trabalhar contra a pandemia do coronavírus, dar apoio a cientistas peruanos, fortalecer políticas de combate à corrupção, entre outros.
"O Tribunal Constitucional, a Ouvidoria e os órgãos reguladores do Estado serão fortalecidos para que cumpram seu objetivo: servir ao povo. Nosso objetivo é o bem comum. É hora de dar às pessoas os direitos que lhes eram estranhos. Esse é o meu compromisso", disse.
Além de Mendoza e do Juntos pelo Peru, a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGTP), a Assembleia Popular dos Povos e representantes das siglas Frente Ampla, a Federação Departamental dos Trabalhadores (FDTA), a Pátria Vermelha e Partido Comunista também declararam apoio a Castillo.
Outro apoio a Castillo é do também ex-candidato do primeiro turno Antauro Humala, irmão do ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016).
*Com informações da Télam.